Com certeza, em algum momento, você já ouviu falar nas smarts cities. Mas o que esse conceito traz de importante para quem quer entender o futuro das cidades?
No ano de 2019, a Organização Mundial das Nações Unidas, publicou um estudo que mostrava que metade da população, hoje estimada em 8 bilhões, vive em cidades.
A expectativa é que essa proporção aumente para 70% até 2050. Isso significa ser cada vez mais necessário criar cidades estruturadas que proporcionem melhor qualidade de vida. É aí que as smart cities se tornam fundamentais.
Nesse contexto de “cidades inteligentes”, a associação com a tecnologia é quase imediata. No entanto, para ser considerada uma cidade inteligente é preciso mais do que simplesmente usar aparatos tecnológicos, embora, claro, eles sejam um importante cerne.
Atender as exigências da população é um passo crucial e lidar com os variados problemas que as cidades enfrentam no que diz respeito à segurança, mobilidade, sustentabilidade e conectividade são desafios das smart cities.
Para construir uma cidade inteligente é necessário seguir alguns pilares e é sobre isso que falaremos neste post. Por fim, conheceremos alguns exemplos pelo mundo e no Brasil. Acompanhe!
Pilares das smart cities
A definição das smart cities possui algumas controvérsias, já que governos e empresas têm visões diferentes a respeito do tema. Mas, o que podemos citar como básico é justamente a tecnologia e o uso de dados.
A coleta e a análise de dados são responsáveis por processar as informações e gerar insights inteligentes para as cidades. Afinal, cada lugar possui suas particularidades que precisam caminhar juntas a cultura e a organização territorial.
Vamos conhecer 4 pilares das smart cities:
1 – Conectividade
Como vimos, a captação de dados é um fator importante para o bom funcionamento das smart cities, por isso, a conectividade é um item essencial. Sensores capazes de transmitir dados em tempo real, ferramentas que armazenam e processam os dados são indispensáveis.
Informações como nível salarial, hábitos de consumo, quantidades de assaltos, congestionamentos, incêndios, doenças, entre diversos outros dados podem ajudar a criar mecanismos úteis para as pessoas.
Acesso fácil aos itens de consumo, conduzir mais policiamento em áreas com índice de assalto, comunicar sobre a prevenção de doenças em áreas específicas são exemplos de ações.
Porém, os dados devem ser analisados e usados com inteligência, respeitando as regulamentações necessárias sobre o uso, mas aproveitando o que eles oferecem de melhor.
2 – Mobilidade
Se tem um problema que as cidades estão sempre buscando soluções para resolver é a mobilidade. Para as smart cities, a mobilidade precisa ser pensada além do básico, e se relacionar com o acesso à educação, capacitação e apoio aos negócios.
Nesse sentido, oferecer direcionamento para as empresas que desejam construir nas cidades, pode facilitar a assertividade de novos empreendimentos.
Se existe uma tendência de maior concentração de pessoas em determinada localização, faz sentido que nesse ponto surjam novos negócios para se adequar a demanda.
A movimentação diária das pessoas, tanto nos carros, metrôs, ônibus ou bicicletas merece um acompanhamento através de dados, a fim de prover informações que possam melhorar e facilitar o deslocamento.
3 – Segurança
Quando pensamos em segurança nas smarts cities consideramos não apenas a segurança física, mas também a cibernética.
Tornar a vivência mais segura para a população, diminuindo índices de criminalidade ou reduzindo as chances de acidentes são alguns fatores que os dados podem auxiliar.
Já no que diz respeito à segurança cibernética existem estratégias de criptografia e vigilância que protegem os negócios, instituições e as pessoas.
É importante ressaltar que o avanço da tecnologia torna necessária uma constante atualização das ferramentas de proteção.
4 – Sustentabilidade
Por fim, o último pilar é a sustentabilidade. Construir cidades orientadas a suprir as necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras é o objetivo principal.
Nesse caso, a implementação de novos projetos ou construções, por exemplo, devem ser pensadas com redução de custos e aproveitamento adequado dos recursos naturais.
Veja também: Entrevista com especialistas: a tecnologia do Data Science transformando o real estate no Brasil
Exemplos de cidades inteligentes ao redor do mundo
Ouvir sobre smart cities faz parecer que essa é a uma realidade do futuro, quando, na verdade, existem muitas cidades ao redor do mundo que utilizam a lógica da cidade inteligente.
Vamos conhecer alguns exemplos?
A capital norueguesa, Oslo, é uma das cidades inteligentes que adota um amplo uso de sensores capazes de controlar a iluminação, o aquecimento e o resfriamento.
Além disso, cria oportunidades de desenvolvimento de veículos elétricos com mais de 2.000 estações para carregá-los.
Outra cidade que também está focada na mobilidade é Amsterdã, na Holanda, mas ao invés de carros elétricos, são as bicicletas que dominam o cenário.
Já na sustentabilidade, podemos destacar Zurique, na Suíça, que possui um dos níveis mais baixos de emissão de CO2.
Isso porque a cidade investe em energias renováveis e se preocupa em desenvolver uma consciência verde nos cidadãos.
As smart cities brasileiras
No Brasil, a capital do país é um dos exemplos de smart cities. Além do planejamento feito ainda na sua concepção, na década de 50, Brasília possui agora um projeto tecnológico em andamento chamado BioTEC, para transformar a cidade em uma espécie de Vale do Silício brasileira.
O projeto viabiliza a instalação de várias empresas, além de instituições de pesquisa e centros de inovação.
Outro destaque está no Ceará, com a Smart City Laguna, localizada no distrito de Croatá na cidade de São Gonçalo do Amaranto.
A localização é estratégica devido à proximidade com o Porto do Pecém, em Fortaleza, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e a Ferrovia Transnordestina. Mas o grande diferencial da cidade é a disponibilização de lotes para todas as faixas de renda.
Como vimos, as cidades inteligentes podem ser construídas desde já. A DataLand é uma empresa que fornece dados completos e insights para que companhias que atuam junto ao mercado imobiliário possam ter um melhor direcionamento para a definição de espaços e tipos de empreendimentos a serem construídos.
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