Tendências do mercado imobiliário em 2021: projeções e potenciais para SP

As tendências do mercado imobiliário em 2021, principalmente na cidade de São Paulo,  costumam ser um termômetro para as projeções no cenário nacional. 

Os potenciais construtivos da grande metrópole brasileira, apontam para números positivos e otimistas. Para saber mais sobre essas projeções, conversamos com Felipe Goettems, CEO da Órulo, parceira da Dataland. Confira.

Balanço do  mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos

Entre os anos de 2014 e 2018, a economia brasileira, em especial o mercado imobiliário, enfrentou severa recessão. Em 2019, caminhamos para uma retomada de crescimento. 

Segundo o IBGE, o mercado cresceu 0,3% em 2019, sinalizando o fim da recessão e a venda de imóveis poderia crescer em torno de 20% em 2020, tendo em conta a reativação da demanda reprimida durante os anos 2014/2018.

No primeiro trimestre de 2020, mesmo com a pandemia, a venda de apartamentos novos registrou elevação de 26,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. E no segundo trimestre, houve ainda crescimento de 10,5%, se compararmos com o ano anterior, conforme pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC).

O terceiro trimestre comprovou a continuidade de recuperação do setor na cidade de São Paulo. De acordo com a pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Secovi-SP, em outubro foram comercializadas 5.552 unidades, a maior quantidade contabilizada para o mês, desde o início da série histórica em 2004. 

O crescimento em relação às 5.147 unidades vendidas em setembro foi de 7,9%. Comparado à comercialização de 4.023 unidades em outubro de 2019, houve alta de 38,0%. No acumulado de janeiro a outubro, foram vendidas 38.287 unidades, o que representa um crescimento de 5,6% em relação ao acumulado do mesmo período do ano passado (36.267 unidades).

Um dos motivos para os números positivos foi a baixa da taxa Selic, fixada em 2% ao ano: a compra e venda de imóveis se tornou a opção mais segura e lucrativa a longo prazo, tornando o momento ideal para um financiamento imobiliário. 

Além disso, com o trabalho em home office em alta, a relação das pessoas com suas residências mudou e a necessidade de espaços mais condizentes com suas necessidades impulsionou a procura por novos lares.

Com alta demanda e pouca disponibilidade de imóveis, as cidades, incluindo São Paulo, presenciaram um aumento nos preços. Na capital paulista, por exemplo, a busca por imóveis para compra cresceu aproximadamente 70% em relação ao sétimo mês do ano anterior. Assim, as tendências do mercado imobiliário em 2021 apontam para um mercado em franco crescimento mesmo durante a crise econômica”, Felipe Goettems, CEO da Órulo.

 

As principais tendências do mercado imobiliário em 2021

De acordo com a pesquisa da ABRAINC, 97% das 38 maiores empresas do ramo pretendem lançar empreendimentos em 2021. Esse número reforça as projeções de que as vendas devem aumentar este ano.

Já a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), projeta um crescimento entre 5% e 10% do mercado imobiliário em 2021 ante 2020

A estimativa considera um crescimento em torno de 3,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, avanço de reformas como a administrativa e a tributária, e a manutenção das taxas de juros do financiamento imobiliário em patamares baixos. A preocupação para este ano, no entanto, é com os preços dos insumos e o risco de desabastecimento de produtos, o que pode fazer com que o setor tenha receio de fazer novos lançamentos.

Sobre os tipos de imóveis, a tendência, ainda em tempos de pandemia, é que as pessoas busquem por:

  • Imóveis maiores e abertos;
  • Espaço para home office;
  • Espaço de lazer;
  • Imóveis no interior e no litoral.

Já sobre o perfil do consumidor, podemos dividir entre:

  • Quem procura montar um patrimônio para a família;
  • Quem busca melhor qualidade de vida com imóveis mais novos;
  • Quem deseja mais conforto com um imóvel maior e melhor localizado para as novas demandas;
  • Quem deseja investir no mercado imobiliário.

 

No entanto, é importante ficar atento ao perfil do consumidor 3.0, que é extremamente ligado aos canais online, o que reforça a importância da digitalização dos processos imobiliários. 

Estão cada vez mais exigentes e acostumados a resolver todas as suas questões online, com respostas rápidas e eficientes diante dos canais de comunicação, principalmente nas redes sociais.

As projeções e potenciais para a cidade de SP: uma visão da Órulo

A Órulo, parceira da Dataland, é uma plataforma de marketplace B2B para imóveis residenciais e comerciais no Brasil, que oferece um catálogo de imóveis por meio de uma base de dados de empreendimentos na planta, novos ou em lançamento. 

Ao reunir e distribuir informações confiáveis e atualizadas, democratizando o acesso aos dados, a tecnologia desenvolvida pela Órulo ajuda agentes imobiliários, incorporadoras e compradores a gerarem melhores oportunidades de negócio e tomarem decisões mais assertivas. 

Isso porque, a plataforma permite entender melhor como analisar todos os empreendimentos que estão sendo planejados e construídos nas cidades, especialmente em na capital paulista, o maior mercado nacional. 

Sobre a cidade de São Paulo, de acordo com as análises de Felipe Goettems, o CEO da Órulo, o cenário de projeções positivas ocorre porque com a mudança de hábitos das pessoas a partir de 2020, o perfil do consumidor imobiliário também mudou. 

Ou seja, se antes a procura por imóveis era focada em opções compactas e nas regiões centrais da cidade perto do local de trabalho, hoje, vemos uma mudança nos hábitos de comportamentos dos habitantes, focado muito mais em obter conforto no dia a dia.

Assim, ao transferirmos o local de trabalho para dentro das casas, surge a necessidade de investir em imóveis mais espaçosos ou até em uma segunda casa mais afastada do centro urbana, por exemplo. A segunda residência surge forte, como imóveis mais afastados das regiões centrais, no litoral e no interior de grandes cidades, como a cidade de São Paulo.


“Antes as pessoas queriam viver perto do seu trabalho, optando por produtos mais compactos e centrais. Houve, então, uma diminuição do espaço privado mas um aumento das áreas compartilhadas. Agora, com o surgimento da pandemia, principalmente por conta do trabalho remoto, temos a queda do local de trabalho físico, levando, inclusive, grandes startups acabando permanentemente com o trabalho presencial nos escritórios”, Felipe Goettems, CEO da Órulo.  

Mesmo diante das tendências e projeções do mercado imobiliário em SP, ainda estamos vivenciando um cenário incerto, principalmente em relação aos tipos de produtos imobiliários que terão alta ou queda daqui para frente. 

Com a mudança do local de trabalho de muitas pessoas, a tendência é de que os grandes centros urbanos percam um pouco da procura dos habitantes das cidades. Porém, nesse sentido, o CEO da Órulo ressalta que é antecipado dizer que os produtos imobiliários mais compactos serão produtos “velhos”. Isso é precipitado de se dizer”. 

Sobre os espaços corporativos, o executivo diz que  “é difícil saber exatamente o que vai acontecer, mas podemos entrar em uma lógica de diminuição de metragem quadrada por usuário e termos produtos adaptados a real utilização daquele espaço.”

 

A parceria entre Dataland e Órulo 

Todas estas tendências do mercado imobiliário em 2021 podem ser ainda melhor analisadas por meio de dados estruturados e a inteligência de algoritmos de Inteligência Artificial, ao unir as tecnologias desenvolvidas pela Órulo e pela Dataland.

A parceria entre a Dataland e Órulo permite unificar as informações da cidade fornecidas pela Dataland com a lógica do que está sendo feito na cidade, fornecidas pela Órulo.

É possível processar os quase 3,5 milhões de lotes da cidade de São Paulo em centenas de dimensões, com o objetivo de impulsionar os usuários a tomarem as melhores decisões, por meio da análise dos dados. 

Assim, as soluções Dataland, em especial da solução Dataland Region, transformam as camadas de dados em informações que potencializam os resultados, fornecendo dados relevantes, tais como: 

  • Número de unidades lançadas;
  • Unidades vendidas;
  • Estoque;
  • Distrato;
  • Valor de venda, mínimo, médio e máximo;
  • Tipologia
  • Outros

 

Com isso, é possível entender as ocupações futuras, e por meio da parceria com a Orulo, compreender a velocidade de venda dos imóveis em tempo real.

Assim, ao utilizar as informações fornecidas pela Orulo, a Dataland oferece:

  • Abrangência: 97% dos empreendimentos do município de São Paulo;
  • Atualização: todos os meses 100% dos empreendimentos são atualizados;
  • Acuracidade: atualização mensal criteriosa, através dos espelhos e tabelas de venda, sendo que 1/3 destes, através de API, sem intervenção humana.

Ao utilizar os dados da Dataland em parceria com a Órulo, é importante ressaltar a importância da utilização de dados em compliance com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e a LAI (Lei de Acesso à Informação).

Para saber mais sobre como a tecnologia potencializa as análises dos setores imobiliários, acesse o ebook Algoritmos, Dados Estruturados e Data Science: como a Dataland utiliza a tecnologia para gerar insights ao mercado imobiliário.

Se quiser conhecer as soluções da Dataland, entre em contato com nossos especialistas.

 

 

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